domingo, 17 de março de 2013

O PAPEL DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENFRENTAMENTO DA PROBLEMÁTICA RELACIONADA AOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A educação ambiental e o enfrentamento da problemática relacionada aos resíduos sólidos
Por Fátima Seher


Qual a melhor maneira de minimizar os impactos socioambientais decorrentes da superprodução de resíduos sólidos, assim como da sua destinação inadequada?

Atualmente, o Brasil se encontra respaldado legalmente pela Lei 12305/2010 que incumbe ao poder público, à coletividade e aos grandes geradores atribuições e responsabilidades no gerenciamento de resíduos sólidos.

A Educação Ambiental surge como uma ferramenta no enfrentamento dos principais problemas relacionados aos resíduos sólidos, que são produzidos por todos no planeta, diariamente.

A Educação Ambiental formal em longo prazo trará resultados concretos ao formar uma geração mais consciente e sensibilizada em relação aos principais problemas ambientais que assolam o planeta.

Já a Educação Ambiental informal atuará em curto prazo, ao buscar sensibilizar o público-alvo adulto já consciente. 

Eis o grande desafio dos educadores ambientais: Buscar promover a mudança de comportamento de jovens e adultos...

sexta-feira, 15 de março de 2013

POLÍTICA DOS 3 R'S

A política dos 3 R'S consiste em: 

REDUZIR

Consiste em diminuir a produção de resíduos sólidos. Isso é possível quando se evita consumos desnecessários e embalagens em excesso.

REUTILIZAR

Consiste em utilizar um produto mais de uma vez para o fim para o qual foi produzido ou para outro fim. Isto é possível quando se
aproveita o verso das folhas para rascunho ou quando se usa um mesmo objeto para outra finalidade.

RECICLAR
Consiste em recuperar os componentes dos resíduos para produzir novos produtos. Como participar da cadeia produtiva da reciclagem? Participando da coleta seletiva. Afinal, nós não reciclamos, contudo, podemos colaborar com a reciclagem, separando os recicláveis e doando para cooperativas ou associações de catadores.

SUSTENTABILIDADE POR QUE E PARA QUE?


LEI 12305/2010 - POLÍTICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A Lei 12305 de 02 de agosto de 2010,

Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluído os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 

Ela dá o prazo de 4 anos para que as mudanças sejam efetuadas em todo o país.

Maiores informações sobre a Lei no link
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm

A HISTÓRIA DAS COISAS: CONSUMISMO DESENFREADO X SUPER PRODUÇÃO DE LIXO


LIXO: UM PROBLEMA SOCIOAMBIENTAL




Consequências socioambientais da superprodução e disposição inadequada de resíduos sólidos

Lixão de Corumbá-MS. (SEHER, 2009).

A superprodução de resíduos sólidos induzida pela mídia que dita novos padrões de comportamento e sua destinação inadequada em lixões, cria um ambiente insalubre onde catadores buscam garantir o seu sustento através da catação informal de materiais recicláveis, gerando um problema de cunho socioambiental que assola todo o país.
PENSO, LOGO RECICLO!!! SERÁ?
Por Fátima Seher

Muitas pessoas confundem reciclar com reutilizar...

Sempre ouço frases contendo os termos: "Eu reciclo"ou ainda "projetos de reciclagem"... O termo "reciclar" e seus derivados faz parte do complexo tema que envolve os resíduos sólidos. Contudo, nem sempre é adotado de maneira adequada, mesmo entre pessoas que se autodenominam ambientalistas ou educadores ambientais.

O que mais me espantou uma vez, quando eu ainda atuava como professora em uma escola pública, foi a visita de uma "educadora ambiental", que em dado momento, convidou os alunos para participarem de uma "oficina de reciclagem"! Quando na verdade, a oficina era de  "reutilização de recicláveis".

O exemplo acima ilustra o que acontece com frequência na mídia e entre a maior parte das pessoas que desconhece a diferença entre reutilizar e reciclar.

Cabe a nós educadores ambientais, respaldados pela vasta literatura que versa sobre o tema, esclarecer a diferença que existe entre reutilizar e reciclar... 







E OS RECICLÁVEIS? QUEM SÃO ELES?

Materiais recicláveis são aqueles que após sofrerem uma transformação física ou química podem ser reutilizados no mercado, seja sob a forma original ou como matéria-prima de outros materiais para finalidades diversas.
 

Fonte:  http://www.ib.usp.br/coletaseletiva/saudecoletiva/reciclaveis.htm

CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS



Os resíduos sólidos podem ser classificados de acordo com a origem, tipo de resíduo, composição química e periculosidade.

1 - Classificação de acordo com a origem:
  • Resíduos de Serviços de Saúde - provenientes de hospitais e serviços de saúde. Geralmente é constituído de seringas, agulhas, curativos e outros materiais que podem apresentar algum tipo de contaminação por agentes patogênicos;
  • Resíduos Domiciliares - são gerados nas residências e sua composição é bastante variável sendo influenciada por fatores como localização geográfica e renda familiar. 
  • Resíduos Agrícolas - são aqueles gerados pelas atividades agropecuárias. Podem ser compostos por embalagens de defensivos agrícolas, restos orgânicos, produtos veterinários, dentre outros;
  •  Resíduos Comerciais - são produzidos pelo comércio em geral. A maior parte é constituída por materiais recicláveis;
  • Resíduos Industriais - se originam dos processos industriais. Uma grande quantidade desses rejeitos é considerada perigosa. Podem ser constituídos por escórias, cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borracha, dentre outros;
  • Entulhos - resultante da construção civil e reformas;
  • Resíduos Público ou de Varrição - é aquele recolhido nas vias públicas, galerias, áreas de realização de feiras e outros locais públicos;
  • Resíduos Sólidos Urbanos - trata-se do conjunto de todos os tipos de resíduos gerados nas cidades e coletados pelo serviço municipal;
  • Resíduos de Portos, Aeroportos e Terminais Rodoviários e Ferroviários - o lixo coletado nesses locais é tratado como “resíduo séptico”, pois pode conter agentes causadores de doenças trazidas de outros países;
  • Resíduos de Mineração -  podem ser constituídos de solo removido, metais pesados, refugo de minérios, restos e lascas de pedras, dentre outros.
2 - Classificação de acordo com a composição química
  • Orgânicos -  restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel, madeira, etc. Alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos. São os chamados “Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não Persistentes”. Os Poluentes Orgânicos Persistentes (POP) são hidrocarbonetos de elevado peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s). E os Poluentes Orgânicos Não Persistentes são óleos e óleos usados, solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas biodegradáveis e a maioria dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos);
  • Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc.
3 - Classificação de acordo com a periculosidade

Essa classificação foi definida pela ABNT na norma NBR10004:2004 da seguinte forma:

  • Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que podem apresentar riscos para a saúde pública e para o meio ambiente. Apresentam uma das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade;
  • Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das características acima, podem ainda ser classificados em dois subtipos:
  • Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água;
  • Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água.
Fonte: http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-solidos/


RESÍDUOS SÓLIDOS: DEFINIÇÃO



MAS, AFINAL... O QUE É LIXO? 
No dicionário[1], lixo é definido como imundície ou tudo o que não presta mais e deve ser jogado fora. Originalmente a palavra lixo vem do latim lix que significa cinzas ou lixívia. A palavra residuu, também do latim, significa o que sobra de determinadas substâncias, e sólido é incorporado para diferenciar a dos resíduos líquidos e gases  (NASCIMENTO, 2004). Assim, resíduo sólido é sinônimo de lixo na linguagem técnica, e é todo e qualquer tipo de rejeito produzido e descartado pelas atividades antrópicas.


[1] Fonte: Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa Ilustrado – Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira.